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Eu sou um Brandão, o Tarcísio Brandão. Jornalista, trabalho 16 horas por dia, tomo café como se fosse água, escrevo manchetes que ninguém lê e ainda consigo rir de memes às 3 da manhã. Tenho 31 anos.
Ele é um Brandão também, o Carlos Orleans Braide Brandão. Pré-candidato ao governo do Maranhão, tem 31 anos, nasceu em uma fazenda de ouro e caiu de paraquedas na política – aquela vida de tapete vermelho, fotos elegantes e poder, só que com titio ordenando tudo pra ver se ele aprende a dançar conforme o reggae.
Por aí já se tira a diferença entre os dois.
Enquanto eu debato com meu computador se boto ou não boto uma informação, ele debate estratégias para continuar o domínio da família sobre milhares de pessoas. Eu luto para chegar a tempo no trabalho; ele luta para chegar a tempo nos palanques, sorrindo e acenando, na tentativa enlouquecida de agradar o titio.
Se eu comemoro quando termino um dia de trabalho sem estresse, que é quase humanamente impossível, ele comemora quando sobrevive a uma semana sem tropeçar na própria "imagem pública".
Mas, sejamos honestos, temos algo em comum: o nome. Só isso já garante confusão no WhatsApp. Já respondi mensagens achando que eram para ele e quase aceitei ser candidato sem saber, já pensou no rebuliço?
No fim, ser Brandão é sempre uma aventura. Mas ser Tarcísio Brandão de 31 anos, jornalista, é viver em estado permanente de notícias, café e memes. E ser Carlos Orleans Braide Brandão de 31 anos? Bom, isso é outro nível… fazenda de ouro, paraquedas na política e uma quase vida que eu nem consigo imitar nos meus sonhos.
Dois Brandões, mesma idade, universos destinto. Só que um de nós escreve crônicas às 23h, e o outro… provavelmente faz sei lá o quê às 23h, na tentativa de talvez, um dia, ter uma trajetória política.
Talvez, ele seja o primeiro poder, um dia. Mas eu, já sou o quarto.
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