A corrida eleitoral deste ano em São Luís se a semelha com as eleições para prefeito de 2016. Naquele ano, nove candidatos disputaram a cadeira do Executivo Municipal. Em 2020, são 10 postulantes ao cargo. A grande diferença é neste ano não há um candidato a reeleição e nem mulheres como cabeça de chapa.
Assim como em 2016, neste ano, parece que a disputa vai ser
resolvida no segundo turno. Nas eleições passadas, as pesquisas apontavam um
possível segundo turno entre o atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior e
Wellington do Curso ou Eliziane Gama. Este cenário das pesquisas foi mantido até
o dia do pleito. Mas de repente deu zebra, a disputa no segundo turno ficou
entre Edivaldo Júnior e Eduardo Braide, então candidato do nanico PMN.
Nas pesquisas, Braide variava entre 2% a 4% das intenções de
voto e tinha poucos segundos de tempo de propaganda no rádio e TV para mostrar
suas propostas. O jeito foi apostar nas redes sociais e nos babates promovidos.
Na televisão, só dava tempo de dizer “me leve para o segundo turno”. E foi isso
que a população fez.
Eduardo chegou ao improvável segundo turno com 21,4% dos
votos válidos. Isso aconteceu porque ele se mostrou mais coeso, técnico e
seguro do que os outros candidatos nos debates. O candidato não venceu as
eleições, mas garantiu seu nome para uma cadeira no Congresso Nacional.
No presente, Eduardo Braide (Podemos) é favorito e lidera as
intenções de votos com folga, numa variante de 40% a 50%, de acordo com as
pesquisas registradas. Assim como em 2016, os levantamentos desse ano apontam
os candidatos com tempo de rádio e televisão como possíveis favoritos na disputa.
Braide é o primeiro seguido por Duarte Júnior (Republicanos), Neto Evangelista
(DEM), Rubens Júnior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB), respectivamente.
Neste caldo, correm por fora Dr. Yglésio (PROS), Jeisael Max
(REDE), Franklin Douglas (PSOL), Hertz Dias (PSTU) e Silvio Antônio (PRTB).
Nos debates, a sequencia dos candidatos é completamente diferente
das pesquisas. Yglésio e Jeisael se destacam com seus argumentos e propostas. O
candidato da Rede mostra que conhece cada rua e beco de São Luís. Enquanto o candidato
do 90 apresenta dados, conhecimento de causa e propostas firmes para melhorar a
capital.
Nesta segunda-feira (26), Dr. Yglésio usou uma rede social para
questionar os institutos de pesquisas. Segundo ele, a situação é caso de
polícia, pois estão tentando zerar a pontuação dele para estimular o “voto útil”,
aquele que você vota no menos pior.
Veja o post:
O que está acontecendo nesses institutos de pesquisa locais está virando caso de polícia.
— Yglésio Moyses (@dryglesio) October 26, 2020
Estão querendo me zerar nas pesquisas, depois de eu ter vencido os três primeiros debates e o meu nome vir crescendo a cada dia. Querem fazer nosso eleitorado crer que não temos viabilidade
e estimular o tal “voto útil” no menos pior. Que nojo desse modo de fazer política. A verdade vai aparecer nas urnas e isso só reforça a minha vontade de mostrar pra São Luís o que esses que querem ser prefeitos estão dispostos a fazer, com medo do que temos a mostrar.
— Yglésio Moyses (@dryglesio) October 26, 2020
Fato é que Eduardo Braide não é o mesmo jogador de 2016. Talvez
pela folga nas pesquisas, os acordos políticos, a certeza do favoritismo e da
garantia um possível segundo turno, ele faz uma campanha morna.
Duarte Júnior, Neto Evangelista, Rubens Júnior e Bira do
Pindaré dizem que são os melhores, mas só vivem das glórias do passado e não
apresentam nada de novo. Usam os debates e grande parte dos programas eleitorais
para mostrar os que fizerem no passado como secretários e presidente. É um ato de
vaidade para mostrar quem já fez mais.
Quando se trabalhar com um orçamento definido e sob a supervisão
de uma força maior é fácil fazer algo. Na verdade, todo mérito das glórias do
passado declamadas por estes candidatos faz parte, apenas, do trabalho do governador
Flávio Dino (PCdoB), ou seja, qualquer que assumisse um órgão faria o mesmo.
Os candidatos precisam entender que a população de São Luís
quer ver o debate sobre o cenário atual e propostas para melhorar o futuro.
O Dr. Yglésio já entendeu a pegada do jogo e tem feito boas
discussões nas redes sociais sobre como melhorar São Luís, já que tem só 16
segundos de propaganda. Ele também ocupou cargo no Executivo, sendo diretor do
Socorrão, mas poucas vezes usou a atuação dele no hospital para se vangloriar
ou mostrar que é competente.
O candidato do PROS também se saiu muito bem nos debates que
já foram realizados. Talvez pelo fato de não ter tanto holofote em cima dele. Mas
pelo menos, ele apresenta propostas baseadas em dados, com o objetivo de fazer
uma boa argumentação e tentar mostrar o melhor caminho para Capital do Maranhão.
Isso mostra que ele, pelo menos, fez a atividade de casa.
Sendo assim, o Yglésio de 2020 tem o mesmo número de chances
que o Braide 2016, podendo chegar ao segundo turno. Lá ele vai ter o mesmo
tempo e a oportunidade de falar a todos o que tem para fazer. Se vai ser eleito
ou não, é uma decisão que cabe a cada morador de São Luís.
De uma coisa sei, o eleitor não fica mais fascinado por
tempo de rádio e TV e nem com verdadeiras produções cinematográficas. A população
quer propostas, debates de ideias e o melhor plano para o futuro de São Luís.
OBS: Antes de qualquer coisa, não trabalho para assessoria
do candidato rsrrs. É apenas minha visão sobre o cenário eleitoral da minha
querida e amada São Luís.
Comentários
Postar um comentário